domingo, 7 de agosto de 2011

A EDUCAÇÃO FRENTE ÀS NOVAS TECNOLOGIAS: A LÍNGUA E A CULTURA COMO VEÍCULOS EXTRAFRONTEIRAS PROMOTORES DA NOSSA ECONOMIA

Março/2002

 “A essência da tecnologia tem
pouco a ver com a tecnologia”.

Para Figueiredo (1995) a educação tem que se adaptar às necessidades das sociedades. E o desafio atual é a adaptação da educação às grandes mutações sociais, culturais e econômicas que ocorrem devido ao advento das novas tecnologias. Adaptação esta indispensável e urgente, de caráter social, cultural e econômico, antes que tecnológico.

As economias hoje transitam de lógicas industriais para lógicas do saber, e a construção do saber passa a ser uma atividade social integrada, e a aprendizagem adquirida nas escolas representa uma parcela cada vez menor da aprendizagem adquirida no dia-a-dia, através das tecnologias de comunicação e informação espalhadas pelo mundo. A eclosão das tecnologias multimídia, suportadas por poderosas indústrias culturais, e as potencialidades da interação através de redes de dados trazem oportunidades nunca vistas de auto-educação e educação à distância, não só na idade escolar, mas ao longo de toda a vida. Para o autor as escolas estão mal equipadas para atender a estes desafios. E essa escola precisa ser reinventada, precisa mudar o seu papel, em vez de ditadora de conteúdos, se preocupar agora em dar suporte para a autonomia do aluno, para que este se torne um autodidata. A escola tem que estar familiarizada com recursos e ferramentas da informática, e saber integrar estes recursos e estas ferramentas na ação educativa do dia-a-dia. Dando oportunidade aos alunos de acesso aos dados e de interação social no ciberespaço. E nossos alunos agora vão aprender fazendo ao invés de aprenderem ouvindo como tem acontecido até então. É uma educação interativa, colaborativa e cooperativa, numa constante construção coletiva do saber, partilhando problemas e necessidades. Aprendemos melhor quando fazemos e a aprendizagem corresponde à criação efetiva do saber através de um esforço pessoal e da interação social. As redes de dados vão oferecer material para conjeturas e refutações, favorecendo as conclusões ainda que provisórias, pois todo conhecimento e todo saber é provisório. E este saber, com os recursos das novas tecnologias, podem ser compartilhados com habitantes de diferentes regiões e países, favorecendo a construção coletiva do conhecimento, através de contatos, projetos, parceiros, endereços, etc. E o professor agora, para o autor, tem que trabalhar a interdisciplinaridade com seus alunos.

E a escola poderá através da Internet integrar-se com toda a comunidade escolar, através do site e do e-mail. Além de podermos através de uma rede solidária estar em permanente contato: ensino superior, médio e fundamental.

Com a globalização da economia, da comunicação e da informação essa adaptação da escola se torna indispensável, pois a língua e a cultura são veículos extrafronteiras promotores da nossa economia, daí a urgência de se manter nossa presença ativa nas redes eletrônicas internacionais.

  REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Departamento de Engenharia Informática
Universidade de Coimbra
Resposta, enviada por correio electrónico, às perguntas da jornalistaPaula Banza, da revista Forum EstudanteSó parcialmente reproduzida na revista.
Coimbra, 5 de Novembro, 1995

[1] Pedagogo com habilitação em Administração Escolar de 1º e 2º graus e Magistério das Matérias Pedagógicas de 2º grau. Professor Facilitador pelo PROINFO – MEC.

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