terça-feira, 9 de fevereiro de 2016



GESTÃO DAS MÍDIAS NA EDUCAÇÃO

“Gestão das Mídias na Educação: para uma consociabilidade plural, inclusiva e participativa” é uma pesquisa de caráter qualitativo de feição teórica com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre o objeto utilizando fundamentalmente de recursos bibliográficos. Buscou-se nesse trabalho refletir sobre como os recursos midiáticos podem servir para a inclusão e integração social, envolvendo os campos da comunicação, da informação e da educação. Fundamentou-se teoricamente em Jürgen Habermas, tendo como pressuposto que os meios de comunicação podem servir ao favorecimento da democracia participativa, fazendo o papel de esfera pública, quando possibilita a interatividade. Procurou-se conceituar e classificar as mídias, e dar suporte para uma análise crítica desses meios de comunicação social, e a utilização desses recursos na educação. Refletiu-se sobre a integração e convergência das mídias e as possibilidades de mudanças significativas no campo comportamental de seus usuários que passam a ter atitudes autônomas, participativas e colaborativas, devido a interatividade, característica peculiar desses meios. Há também uma reflexão sobre o estado atual das mídias no Brasil e a utilização desse aparato tecnológico dentro da instituição escolar, assim como a leitura e produção de material midiático nesse ambiente de aprendizagem, num conceito mais amplo de letramento, com um currículo mais flexível e uma atitude interdisciplinar. E ainda a necessidade de uma reestruturação organizacional, temporal e espacial da escola com a finalidade de uma aproximação da comunidade escolar usando os recursos tecnológicos de que dispõe, com vistas a transformar o entorno da unidade educativa através de uma reflexão franca e honesta de suas potencialidades e limitações, desenvolvendo a capacidade de diálogo e negociação, num ambiente de indivíduos capazes de acessar uma informação, de compreender uma informação, de produzir uma informação de maneira comunicativa, com fluência. Buscando sempre a identidade e facilitando a constituição do sujeito ao outro.
eBook disponível para baixar em amazon.com.br










sexta-feira, 3 de maio de 2013

SALA DE INFORMÁTICA APLICADA À EDUCAÇÃO X LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

maio/2013



Laboratório de informática - Escola Municipal "Maria das Graças
Teixeira Braga" Santa Luzia - MG. Ano 2012

No final do  Curso de Informática Aplicada à  Educação pela Secretaria de Estado da Educação, 1ª Superintendência Regional de Ensino de Belo Horizonte, Divisão de Dinamização da Ação Pedagógica, Núcleo de Tecnologia Educacional – MG-2 – Região Metropolitana de Belo Horizonte – MG,  no ano de 2001, o discurso tanto dos professores facilitadores do curso, quanto das autoridades que compareciam nos encontros, assim como durante o evento de entrega dos certificados, era um só: Sala de informática aplicada à educação. Esse termo viria a substituir o termo Laboratório de informática, usado nos anos iniciais do curso.

Usou-se esse termo: Sala de informática aplicada à educação durante doze anos, aproximadamente, e talvez porque era necessária a consolidação de uma base teórica, em um momento que se vivia ainda a era da informação. A comunicação ainda estava caminhando a passos lentos. E de repente entrou-se de maneira abrupta na era das conexões. Houve a integração e a convergência das mídias, a internet destacou-se não só no campo da informação, mas também, e mais ainda, sobressaiu em importância no campo da comunicação, revolucionando o social, o político, o cultural e o econômico.

E a Sala de informática aplicada à educação tornou-se em Laboratório de informática. Um ambiente ubíquo, pervasivo e senciente, em que os computadores em rede se comunicam, as tecnologias móveis, nômades e portáteis (notebooks, tablets, celulares) são levadas para dentro desse laboratório, e há transferência de dados através de CDs, DVDs, pen drives, bluetooth. Em uma explosão de interatividade e ânsia de comunicação desses jovens “nativos digitais”. E todos aprendem com todos, inclusive os professores, esses “imigrantes digitais” que vivem com saudade da pátria, no tempo em que eram o centro da informação. Nesse ambiente se busca informações, comunica-se, faz-se downloads, aprende-se a conviver com vírus cibernéticos. Lendo, escrevendo, contando, vive-se em um ambiente interdisciplinar por si só. E essa aventura não fica ali no laboratório de informática da escola, ela continua em casa, na lan house. Em um aperfeiçoamento constante da linguagem e do raciocínio, através de redes sociais, de jogos computacionais dos mais simples aos mais sofisticados onlines ou offlines, de informações científicas e jornalísticas. Com acesso à arte e à cultura “envernizada”, “mainstream”, ou “popular”

A comunicação acontece através de uma linguagem interdisciplinar envolvendo imagens estáticas e em movimento, vozes e outros sons, textos escritos, tabelas e gráficos. Pode-se afirmar que o vídeo representa o auge da comunicação nos dias de hoje.  É uma linguagem mais completa, e com status de bilateralidade, todos podem se comunicar através de vídeos, sem haver necessidade de grandes conhecimentos técnicos. São vídeos científicos, jornalísticos, artísticos, eróticos, humorísticos. Encontra-se na internet aulas das mais diversas, e até mesmo cursos completos, muitas vezes disponibilizados gratuitamente, por hackers.

sábado, 24 de novembro de 2012

O palhaço – Ficha analítica

Novembro/2012


1.    Tipo de mídia: Eletrônica
2.    Veículo utilizado: Cinema
3.    Título da obra: O palhaço
4.    Nome do produtor: Selton Mello
5.    Função social do produtor: Cineasta
6.    Objetivo do material produzido: Reflexão sobre problemas existenciais
7.    País em que este material foi produzido: Brasil
8.    Esse material é fiel à realidade do país enfocado? Sim
9.    Língua em que o material foi produzido: Portuguesa
10. Ano de publicação da referida mídia: 2011
11. Qual a realidade política do país no ano em que a mídia foi produzida: Democracia representativa
12. Tipo de usuário a ser atingido: Crianças, jovens e adultos
13. Recursos verbais e não verbais utilizados: Imagens estáticas e em movimento, música, voz, escrita
14. Argumento central do produto: Constituição do sujeito
15. Estímulos racionais implícitos: O palhaço, o circo, a vida no circo
16. Estímulos racionais explícitos: A identidade
17. Estímulos emocionais explícitos: A angústia e a solidão diante da existência
18. Estímulos implícitos: A busca da identidade
19. Tipo de material: Comédia artística com reflexão – crítica aos costumes
20. Caráter do material: Artístico
21. Discurso tendencioso: Nenhum
22. Incitamento ao ódio: Nenhum
23. Material: entretém, educa, influencia
24. Consegue atingir seu objetivo comunicativo? Sim, ele transmite a angústia da existência diante da não identidade, e a busca da constituição do sujeito
25. A mídia possibilita interatividade? Sim, há um diálogo intenso com o espectador de forma franca durante o espetáculo, através inclusive da fotografia
26. Classificação etária: 10 anos, acredito que pela complexidade do tema
27. Outras observações: É mostrado no filme o quanto as pessoas que não se constituem como sujeitos são influenciáveis com facilidade.  No final do filme é ele votando às suas raízes
 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

LEITURA ANALÓGICA INFERENCIAL (Texto experimental)


Novembro/2012

O presente estudo principiou ao se assistir ao filme “O palhaço” de Selton Mello. O fato de o personagem buscar sua carteira de identidade, faz com que se infira de forma analógica que o mesmo busca a sua identidade, em seu sentido mais amplo de busca da constituição do sujeito. Nesse caso há de se ter um conhecimento prévio de “carteira de identidade”, “identidade” no sentido sociológico e psicológico, assim como o de “constituição do sujeito”.
No dicionário digital Aulete, o sentido de analógico em Física e Matemática é “referente ou próprio de método de cálculo que emprega , para a resolução de um problema, a sua semelhança ou relação com medidas contínuas de fenômenos fisicamente diferentes”.
Azevedo (2010 p. 3) em seu Dicionário analógico da língua portuguesa, trata da analogia como encadeamento, conexidade, conexão, ligação, dentre outros sentidos, no que diz respeito a relação. Quando trata de interpretação (p.225) dentre outros significados de analógico, fala de dedução, inferição, decodificação.
De acordo com o site de filosofia (Raciocínio s/d. s/p.) raciocinar é passar do desconhecido ao conhecido. No raciocínio analógico compara-se uma situação conhecida com uma situação desconhecida ou parcialmente conhecida, aplicando a elas as informações previamente obtidas quando da vivência direta ou indireta da situação-referência. Usa-se como ponto de apoio aquilo que é familiar na formação do conhecimento. É afirmado no texto que “a analogia é um dos meios mais comuns de inferência, e além de ser fonte de conhecimento do dia a dia, tem servido de inspiração para muitos gênios das ciências e das artes”.
Segundo Carmo (2011 s/p) a construção do conhecimento  da leitura da imagem inicia-se com a leitura do campo estrito do objeto, que nada mais é que a descrição da cena que se tem diante dos olhos. Logo a seguir, usando  conhecimentos prévios, culturalmente estabelecidos, contextualiza-se essas informações objetivas que se tem da descrição, e tem-se uma leitura subjetiva da imagem, que é o campo contextual. E a partir desse momento a mente remete a outros momentos semelhantes que já se viveu, reconhecendo e rememorando. E esse símbolo que é a imagem passa a ter um significado, que fala ao íntimo, e reforça uma ideia. “O treino de uma percepção visual aliada ao capital cultural pode  ajudar na leitura de uma imagem, mesmo sem muito conhecimento técnico sobre a fotografia ou a pintura”.
Dessa forma usa-se a analogia para fazer a leitura de uma imagem. A mente faz uma descrição da imagem, com informações objetivas (campo estrito do objeto), em seguida essas informações são contextualizadas, por meio de conhecimentos prévios, dentro de determinada cultura, proporcionando uma leitura subjetiva da cena observada (campo contextual) e em um átimo reconhece-se e rememora-se, remetendo a um momento análogo, o que provoca o despertar de determinadas emoções ao fazer essa conexão. O mesmo ocorre com um som ou um texto, provocando o fenômeno da interatividade.

REFERÊNCIAS

AULETE. Dicionário digital. Disponível em <www.aulete.com.br>. Acesso em 20 nov 2012.
AZEVEDO, Francisco Ferreira dos Santos. Dicionário analógico da língua portuguesa: ideias afins/thesaurus. Rio de Janeiro: Lexicon, 2010. 2ª ed. 800 p.
CARMO, Josué Geraldo Botura do. Leitura de imagem. Educação&Literatura. Maio de 2011. Disponível em <www.educacaoliteratura.com.br/index%20196.htm> Acesso em 20 nov. 2012.
PALHAÇO (o). Direção Selton Mello. Produção Vânia Catani. Brasil: Imagem Filmes, 2011. 90 min. Color.
RACIOCÍNIO Lógico. Lógica de Argumentação. Disponível em
<estudaki.files.wordpress.com/2009/03/logica-argumentacao.pdf> Acesso em 20 nov. 2012.