sábado, 24 de novembro de 2012

O palhaço – Ficha analítica

Novembro/2012


1.    Tipo de mídia: Eletrônica
2.    Veículo utilizado: Cinema
3.    Título da obra: O palhaço
4.    Nome do produtor: Selton Mello
5.    Função social do produtor: Cineasta
6.    Objetivo do material produzido: Reflexão sobre problemas existenciais
7.    País em que este material foi produzido: Brasil
8.    Esse material é fiel à realidade do país enfocado? Sim
9.    Língua em que o material foi produzido: Portuguesa
10. Ano de publicação da referida mídia: 2011
11. Qual a realidade política do país no ano em que a mídia foi produzida: Democracia representativa
12. Tipo de usuário a ser atingido: Crianças, jovens e adultos
13. Recursos verbais e não verbais utilizados: Imagens estáticas e em movimento, música, voz, escrita
14. Argumento central do produto: Constituição do sujeito
15. Estímulos racionais implícitos: O palhaço, o circo, a vida no circo
16. Estímulos racionais explícitos: A identidade
17. Estímulos emocionais explícitos: A angústia e a solidão diante da existência
18. Estímulos implícitos: A busca da identidade
19. Tipo de material: Comédia artística com reflexão – crítica aos costumes
20. Caráter do material: Artístico
21. Discurso tendencioso: Nenhum
22. Incitamento ao ódio: Nenhum
23. Material: entretém, educa, influencia
24. Consegue atingir seu objetivo comunicativo? Sim, ele transmite a angústia da existência diante da não identidade, e a busca da constituição do sujeito
25. A mídia possibilita interatividade? Sim, há um diálogo intenso com o espectador de forma franca durante o espetáculo, através inclusive da fotografia
26. Classificação etária: 10 anos, acredito que pela complexidade do tema
27. Outras observações: É mostrado no filme o quanto as pessoas que não se constituem como sujeitos são influenciáveis com facilidade.  No final do filme é ele votando às suas raízes
 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

LEITURA ANALÓGICA INFERENCIAL (Texto experimental)


Novembro/2012

O presente estudo principiou ao se assistir ao filme “O palhaço” de Selton Mello. O fato de o personagem buscar sua carteira de identidade, faz com que se infira de forma analógica que o mesmo busca a sua identidade, em seu sentido mais amplo de busca da constituição do sujeito. Nesse caso há de se ter um conhecimento prévio de “carteira de identidade”, “identidade” no sentido sociológico e psicológico, assim como o de “constituição do sujeito”.
No dicionário digital Aulete, o sentido de analógico em Física e Matemática é “referente ou próprio de método de cálculo que emprega , para a resolução de um problema, a sua semelhança ou relação com medidas contínuas de fenômenos fisicamente diferentes”.
Azevedo (2010 p. 3) em seu Dicionário analógico da língua portuguesa, trata da analogia como encadeamento, conexidade, conexão, ligação, dentre outros sentidos, no que diz respeito a relação. Quando trata de interpretação (p.225) dentre outros significados de analógico, fala de dedução, inferição, decodificação.
De acordo com o site de filosofia (Raciocínio s/d. s/p.) raciocinar é passar do desconhecido ao conhecido. No raciocínio analógico compara-se uma situação conhecida com uma situação desconhecida ou parcialmente conhecida, aplicando a elas as informações previamente obtidas quando da vivência direta ou indireta da situação-referência. Usa-se como ponto de apoio aquilo que é familiar na formação do conhecimento. É afirmado no texto que “a analogia é um dos meios mais comuns de inferência, e além de ser fonte de conhecimento do dia a dia, tem servido de inspiração para muitos gênios das ciências e das artes”.
Segundo Carmo (2011 s/p) a construção do conhecimento  da leitura da imagem inicia-se com a leitura do campo estrito do objeto, que nada mais é que a descrição da cena que se tem diante dos olhos. Logo a seguir, usando  conhecimentos prévios, culturalmente estabelecidos, contextualiza-se essas informações objetivas que se tem da descrição, e tem-se uma leitura subjetiva da imagem, que é o campo contextual. E a partir desse momento a mente remete a outros momentos semelhantes que já se viveu, reconhecendo e rememorando. E esse símbolo que é a imagem passa a ter um significado, que fala ao íntimo, e reforça uma ideia. “O treino de uma percepção visual aliada ao capital cultural pode  ajudar na leitura de uma imagem, mesmo sem muito conhecimento técnico sobre a fotografia ou a pintura”.
Dessa forma usa-se a analogia para fazer a leitura de uma imagem. A mente faz uma descrição da imagem, com informações objetivas (campo estrito do objeto), em seguida essas informações são contextualizadas, por meio de conhecimentos prévios, dentro de determinada cultura, proporcionando uma leitura subjetiva da cena observada (campo contextual) e em um átimo reconhece-se e rememora-se, remetendo a um momento análogo, o que provoca o despertar de determinadas emoções ao fazer essa conexão. O mesmo ocorre com um som ou um texto, provocando o fenômeno da interatividade.

REFERÊNCIAS

AULETE. Dicionário digital. Disponível em <www.aulete.com.br>. Acesso em 20 nov 2012.
AZEVEDO, Francisco Ferreira dos Santos. Dicionário analógico da língua portuguesa: ideias afins/thesaurus. Rio de Janeiro: Lexicon, 2010. 2ª ed. 800 p.
CARMO, Josué Geraldo Botura do. Leitura de imagem. Educação&Literatura. Maio de 2011. Disponível em <www.educacaoliteratura.com.br/index%20196.htm> Acesso em 20 nov. 2012.
PALHAÇO (o). Direção Selton Mello. Produção Vânia Catani. Brasil: Imagem Filmes, 2011. 90 min. Color.
RACIOCÍNIO Lógico. Lógica de Argumentação. Disponível em
<estudaki.files.wordpress.com/2009/03/logica-argumentacao.pdf> Acesso em 20 nov. 2012.



quinta-feira, 8 de novembro de 2012

UM AMBIENTE UBÍQUO, PERVASIVO E SENCIENTE ONDE O CONHECIMENTO ACONTECE COM FLUIDEZ

novembro/2012




Ilustração: Sérgio Nunes dos Reis


Para favorecer a qualidade da educação o professor tem que ter tempo para produção de seu próprio material, com autonomia, e para isso ele necessita de um ambiente com computadores conectados à internet banda larga em todos os ambientes da escola: sala de aula, biblioteca, sala de informática, sala de jogos, laboratório de ciências, auditório, etc.; com recurso de data show. Tudo em tempo integral. E uma impressora a sua disposição em todos esses ambientes.

O professor tem que ter acesso aos recursos midiáticos em tempo real: textos, sons, imagens estáticas e em movimento. O conhecimento acontece no exato momento em que é solicitado. Necessitamos de respostas instantâneas às mais diversas questões formuladas a partir de proposições e reflexões. E o professor necessita de recursos à mão para montar sua aula (e para complementá-la de acordo com a solicitação do momento), produzindo seu material em hipertexto: textos escritos, imagens estáticas e em movimento, vozes e outros sons, com conexões instantâneas através de hyperlinks, de maneira multidisciplinar.

O professor tem que ter o seu site, seu blog, seu flog, seu vlog todos com material atualizado, prontos para serem acessados a qualquer momento, de qualquer local.

O professor só vai desenvolver habilidades com as novas tecnologias usando-as no dia a dia. E a construção desse conhecimento tem que ser coletiva, juntamente com a comunidade escolar. Essa forma colaborativa de se trabalhar potencializa o trabalho em um ritmo exponencial. Uma pergunta leva a uma resposta que faz surgir novas perguntas. São as respostas que movem o mundo, porque é a partir delas que são formuladas novas perguntas. A velocidade desse movimento vai depender da instantaneidade das respostas.

Aquela imagem, aquele filme, aquele vídeo, aquela música, aquele texto, aquela receita, aquele dado, aquela informação, o significado daquela palavra, a tradução daquele texto nas mais variadas línguas,  aquele jogo têm que estar à mão no exato momento em que se precisar. Na era das conexões, precisamos de uma escola conectada as 24 horas do dia. Caso contrário, essa instituição não dará mais conta de acompanhar o mundo. E em poucos anos tornar-se-á obsoleta.